Olá, pessoal! Conforme prometido no artigo anterior, começamos a partir de agora a falar sobre como a Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (SERT) pode colaborar com a sociedade, especialmente em momentos de crise como o atual. Mesmo nas previsões mais otimistas, somente em 2017 o País deverá conseguir retomar o crescimento. Mas o que o pai de família, o jovem ou a mulher que sustentam a casa sozinhos fazem para sobreviver? As contas não param de chegar e estão cada vez maiores, assim como os tributos. O trabalhador que perde seu posto acaba usando o seguro-desemprego e seu fundo de garantia, correndo o risco de entrar no vermelho.
Diante disso, tenho dito que o jeito é investir nos próprios conhecimentos, habilidades, e empreender. Isso mesmo. Todo mundo tem algum talento que pode ser explorado, basta um empurrãozinho para ele vir à tona. Mas não pode sair dando cabeçada por aí! É comum ouvirmos que mais de 25% das empresas fecham nos dois primeiros anos de atividades. Por isso, não dá só para confiar no próprio taco: é preciso se capacitar e se qualificar para serem competitivas. Seja para administrar as finanças por um período ou como mudança permanente de vida, ter o próprio negócio é uma saída a ser considerada. Se bem sucedida, pode ainda gerar emprego e renda para outras famílias.
A Secretaria tem um programa chamado Banco do Povo Paulista, que oferece crédito a micros e pequenos empreendedores com uma taxa de 0,35% de juro ao mês – no mercado ela fica próxima dos 4%. O pagamento é em até 24 vezes, ou seja, em alguns casos, o dobro de algumas instituições. Com quase 17 anos de existência, podendo ser acionado também por quem está na informalidade, por associações e cooperativas, ele já fez 391mil concessões de crédito, totalizando mais de R$ 1,5 bilhão neste período, e está presente em 537 municípios. A liberação do valor depende da capacidade de pagamento do solicitante e do fiador, e isso é necessário para que o programa continue funcionando.
Então, para o problema dos recursos financeiros há saída. A notícia ainda melhor é que para o desafio de criar e manter um negócio economicamente viável, também. Isso porque no âmbito do Banco do Povo Paulista funciona a Escola do Empreendedor Paulista, uma plataforma online com dez diferentes cursos, contando com histórias e personagens reais. Há materiais para serem baixados, as dúvidas do aluno são esclarecidas por especialistas e é ele quem decide quando e como fará o curso, no seu próprio ritmo.
No site www.escoladoempreendedor.sp.gov.br, o aluno vai conhecer melhor o universo do empreendedorismo, atendimento ao cliente, consumidor e fornecedor, ações de marketing, formalização, formação de preços, vendas e ganhos, gestão financeira, higiene e segurança, sustentabilidade e comunidade. Os cursos são independentes uns dos outros e podem ter até três horas de duração. É um tempo que o empreendedor precisa reservar para si mesmo que pode fazer a diferença entre ter ou não um negócio saudável. Desde 2012, quando foi criada a Escola, quase 98 mil pessoas se matricularam, ou seja, se deram conta disso!
Como vocês podem ver, o trabalhador tem como ser autor da própria história, ao mesmo tempo em que movimenta a economia do município e que colabora para o desenvolvimento social, tendo o amparo de uma política pública de Estado bem estruturada. Mas é essencial que ele saiba compor custos, conheça bem o mercado em que atua, trace estratégias, entre outras providências, para alcançar solidez. Portanto, é necessário combinar a concessão de crédito com o apoio técnico adequado ao perfil do empreendedor, que é o que oferecemos. Para falar de um jeito que piracicabano entende bem: não é só dar o peixe, mas ensinar a pescar.