Mauá entrega Centro de Economia Solidária
04/01/2016

A Prefeitura de Mauá entregou ontem o Centro Público de Economia Solidária, localizado no Jardim Sônia Maria. O espaço – primeiro na cidade – tem como objetivo fomentar empreendimentos que possam capacitar cidadãos e contribuir para a geração de renda, especialmente entre pessoas que estão fora do mercado de trabalho.
Inicialmente, o projeto abrigará cinco projetos: dois na área de costura, um de confecção de bengalas para deficientes visuais, uma horta comunitária e um de restauração de sofás. Cerca de 50 pessoas estão envolvidas, sendo que dez são da Prefeitura e atuarão na parte administrativa, segundo o secretário municipal de Trabalho e Renda, Cláudio Donizeti Lourenço.
A ideia é que os empreendimentos fiquem no espaço por aproximadamente dois anos e que, posteriormente, tenham condições de manter as atividades de maneira independente, com a organização de uma cooperativa, por exemplo. Durante esse período, os produtos confeccionados serão vendidos para a comunidade a preços mais baixos do que os do mercado, e a renda será convertida em melhorias, diz Lourenço.
Cada empreendimento terá turmas com cerca de dez pessoas, que serão renovadas a cada três meses. A exceção é a de conserto de sofás, na qual os alunos permanecerão por dez meses. Além desses grupos, semanalmente serão oferecidas oficinas de capacitação para pessoas em vulnerabilidade social inscritas na Frente Municipal de Inclusão Produtiva e Social. Na semana que vem, o tema será precificação. “O objetivo é ajudar esses cidadãos a terem condição de gerar renda para a família quando saírem da frente”, comenta.
O Centro Público de Economia Solidária conta com parceiros como a Braskem, que forneceu equipamentos, além da Amadevi (Associação Mauaense de Apoio a Deficientes Visuais), cujos associados farão a confecção das bengalas, e do projeto Okavango, responsável pelo trabalho com os sofás e que também tem atuação em Diadema. O coordenador do projeto, Diolindo Sousa, 43 anos, explica que cada móvel leva, em média, uma semana para ser restaurado. Em uma oficina, demoraria um dia. “Entretanto, a cada procedimento, nós paramos e ensinamos os alunos, mostrando o que tem que ser feito. Por isso, o prazo é maior.” Segundo ele, desde o início das atividades em Mauá, sete unidades já foram vendidas, inclusive em feiras promovidas pela Prefeitura.
Em Diadema, o Centro Público de Economia Solidária foi inaugurado em dezembro do ano passado. Já em São Bernardo, a SBCSol funciona desde 2012 e é fruto de parceria entre a Prefeitura e a Universidade Metodista. Em Santo André, as ações são desenvolvidas pela Secretaria de Trabalho, Emprego e Economia Solidária.
Fábio Munhoz Do Diário do Grande ABC