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Ana Amélia cobra tratamento diferenciado para cooperativas de eletrificação rural
12/08/2016
A senadora Ana Amélia (PP-RS) defendeu em Plenário, nesta quinta-feira (11), regra especial que flexibilize o aumento do custo da energia para as cooperativas de eletrificação rural que, secundariamente, também atendem áreas urbanas. De acordo com a senadora, por força da estrutura financeira que lhes dão suporte, elas não vão conseguir cumprir regra recentemente estabelecida pelo governo, sem risco de enfrentar graves problemas de liquidez.
— Elas querem atender, mas estão pleiteando o que é justo, tão somente uma condição de ir fazendo o pagamento adicional gradual e anualmente, mas não todo o reajuste de uma vez só, o que inviabilizaria a atividade extraordinariamente importante que exercem — destacou.
Ana Amélia disse que tomou conhecimento da questão por meio de cooperativa de eletrificação de seu estado, mas salientou que o problema afeta organizações de todo o país. Conforme a senadora, a legislação não pode estabelecer tratamento igual para situações diferentes, ou seja, que essas cooperativas não podem ser equiparadas às tradicionais distribuidoras de energia.
A diferença, salientou, está no fato de que as cooperativas de eletrificação rural fazem investimentos em áreas em que as empresas privadas não têm interesse, porque não há clientela para consumir e pagar pela energia fornecida. De modo geral, disse a senadora, elas fazem investimentos para atender dentro de um raio de 2 a 20 quilômetros, onde há apenas um consumidor interessado. Depois, com a estrutura instalada, surgem outros.
— Além de ser um fator de desenvolvimento do campo que precisa cada vez mais de uma atenção e de um olhar prioritário dos governos, porque é ali que pode estar sendo gerado um novo empreendedorismo, uma nova forma de desenvolvimento social com inclusão das camadas, eu diria, mais pobres da população — defendeu.
Desenvolvimento agrário
Ana Amélia aproveitou ainda para cobrar mais agilidade na titulação de áreas de assentamentos agrários antigos, de modo que os beneficiários possam ter acesso ao crédito rural e apoio de políticas de extensão rural. Também comemorou a notícia de que o governo decidiu recriar o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a seu ver uma iniciativa importante, por atender a um setor socialmente sensível.
Agência Senado