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Portugal: Cooperfrutas consolida a sua aposta na qualidade, modernização e inovação

27/09/2016

A Cooperfrutas, CRL, é uma Cooperativa de Produtores de Fruta e Produtos Hortícolas com sede na cidade de Alcobaça. Foi constituída em 1998 e nos últimos anos foi galardoa com os prémios PME Líder e PME Excelência. Esta Cooperativa agricola é constituída por 100 produtores, 380 hectares de pomares e um volume anual de produção que ultrapassa as 12.000 toneladas repartidas em peras rochas e nas diferentes variedades de maçã (gala, golden, reineta, fuji e jonagored), ameixas e pêssegos. No ano de 2014 lançou no mercado uma linha de purés de fruta sem adição de açucar e que se distiguem pela sua qualidade e premiado.

A nossa equipa de reportagem deslocou-se a Alcobaça e falou com Sérgio Pereira e Luis Ferreira, membros do Conselho de Administração da Cooperfrutas.

Fale-nos da Cooperfrutas e da área da área que engloba em termos de ação.

Sérgio Pereira – A Cooperfrutas é uma organização de produtores que agrega cerca de uma centena de produtores de fruta, produzindo maçã em diversas variedades e pera rocha. A área de produção engloba os concelhos de Alcobaça, Caldas da Rainha e Cadaval, num total de produção de 12 000 toneladas. A Cooperfrutas possui uma equipa técnica que apoia os produtores associados, prestando um acompanhamento transversal, desde o campo, passando pela central fruteira e terminando na entrega ao cliente. Isto é, após a colheita da fruta recebemos na central fruteira, em Alcobaça, a produção dos nossos produtores onde fazemos a sua conservação, normalização, embalamento e comercialização.

Portugal produz frutas de excelente qualidade e estamos na Cooperfrutas, uma das principais organizações de produtores da região e do país. Como é que carateriza os produtos da vossa organização de produtores.

Luis Ferreira - Na Cooperfrutas trabalhamos na procura constante do aperfeiçoamento dos nossos produtos, o que que se traduz na obtenção de produtos de excelente qualidade, respeitando as regras da segurança alimentar e de sustentabilidade ambiental. A Cooperfrutas tem umas instalações modernas, respondendo às mais altas exigências da distribuição moderna a nível do mercado interno como para mercado externo. Nesta fase somos detentores das normas HACCP e das certificações BRC e IFS entre outras.

E ao nível da exportação? A vossa fruta, e no caso da Pera Rocha, é exportada em que percentagem ?

SP- Pode variar consoante as campanhas. Nas últimas ronda os 60 a 65 % por cento..

Ou seja, uma quota de exportação muito boa e para que mercados?

SP- A Cooperfrutas aposta na diversificação dos mercados, que vão desde o Brasil, Marrocos ou Médio Oriente, a diversos países europeus, tais como Inglaterra, seguido da, Alemanha, França, Polónia, Espanha e Irlanda.

Para além da comercialização de fruta fresca a vossa organização de produtores comercializa outros produtos. Produtos esses produzidos proveniente da vossa atividade. Pode explicar melhor quais são esses produtos?

LF- A Cooperfrutas é uma organização moderna e inovadora. Criamos parcerias onde desenvolvemos projetos de inovação em conjunto com universidades, empresas e entidades públicas. Um dos projetos foi o desenvolvimento de uma linha de “Puré de fruta” com sabores tradicionais e típicos portugueses como a Maçã de Alcobaça e Pera Rocha do Oeste. O objetivo foi criar um produto diferenciador, saudável, que se distinga pela qualidade e com um alargado período de conservação. Este puré é composto por 100% de fruta proveniente dos produtores desta cooperativa, sem qualquer adição de açúcar. Outro produto que apostamos diz respeito sustentabilidade ambiental da sua atividade e da biodiversidade da região. Para tal começamos a produzir e comercializar composto orgânico proveniente das folhas e pedúnculos da fruta, vindas do campo dos nossos associados. O composto orgânico destina-se a ser aplicado em jardins, vasos e na floricultura caseira.

Pela vossa experiência nos mercados internacionais, a Cooperfrutas, ou o sector das frutas em Portugal, podia crescer mais nesses mercados, ou seja aumentarmos a exportação?

SP- Na nossa opinião existem novos mercados a desenvolver, mas também algumas barreiras que alguns desses impõem. De momento existem mercados onde não é possível exportar, tal como a China, EUA e India. São precisas negociações a nível governamental para que as entidades desses países deem as devidas autorizações como por exemplo as autorizações fitossanitárias. Nos últimos têm, no entanto, existido esforços na abertura de novos mercados, e podemos citar o exemplo da Colômbia ou do México. O ideal é exportar para países não produtores, e que tenham ciclos de produção diferentes do nosso país. Em Portugal existem produtos de alta qualidade e necessitamos de maior envolvimento das nossas entidades oficiais para concretizar abertura de novos mercados por forma a que este sector invista mais, produza mais, e crie mais empregos e riqueza regional.

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