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Como o cooperativismo financeiro trabalha na agenda ESG

O termo “cooperativismo” quer dizer “colaboração entre pessoas para um interesse comum”. Seu principal objetivo é equilibrar a justiça social, a prosperidade econômica e os resultados financeiros.

Sendo assim, o modelo de negócios cooperativo, diferentemente de outros modelos empresariais, é organizado em torno das pessoas, visto que busca a coexistência harmoniosa entre o meio ambiente, o crescimento econômico e o desenvolvimento social.

Segundo dados do Banco Central sobre o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) com data base 2023, o cooperativismo de crédito no Brasil está presente em 57 % dos municípios brasileiros com pelo menos uma unidade de atendimento (semelhante a uma agência bancária). O número de cooperados chegou a 17,3 milhões de pessoas físicas e jurídicas.

O total de ativos do SNCC alcançou R$ 730,9 bilhões em dezembro de 2023, sendo constituído principalmente por operações de crédito (R$ 445,8 bilhões), com destaque para operações com micro e pequenas empresas e para os produtores rurais. Isso demonstra a relevância do segmento para a evolução da atividade econômica, principalmente no interior do país.

Esse cenário reforça a importância e o potencial de impacto da agenda ESG do cooperativismo financeiro, pois quanto mais acessível e presente na vida dos brasileiros, mais eficiente será a implementação de boas práticas ambientais, sociais e de governança no Brasil.

As cooperativas de crédito desempenham um papel crítico no suporte às comunidades, especialmente em tempos de adversidades, como os ocasionados pelas mudanças climáticas. Essas cooperativas geralmente têm cooperados concentrados em setores ou localidades específicas e, como resultado, elas possuem seus produtos e serviços financeiros direcionados a determinadas cidades ou estados.

A importância do trabalho do cooperativismo financeiro em ESG pode ser traduzida no risco em seus cooperados e comunidades, pois ele as torna mais vulneráveis a desastres naturais e condições meteorológicas extremas, o que impacta diretamente sua estratégia de negócio. Portanto, a relação territorial da cooperativa deve se estreitar ainda mais visando a sua perenidade e o bem-estar da sua localidade

Por fim, as cooperativas de crédito fomentam oportunidades ESG por meio de parcerias inovadoras, inclusão financeira e soluções personalizadas para comunidades vulneráveis, como exemplificado abaixo:

 

  • Abordagem centrada na comunidade: As cooperativas de crédito alavancam o relacionamento com seus cooperados para oferecer soluções financeiras personalizadas, aumentando a sua resiliência diante dos desafios relacionados ao clima. Essa proximidade permite melhor compreensão das necessidades individuais, permitindo suporte eficiente durante crises
  • Educação e conscientização: A educação contínua sobre ESG é essencial para capacitar os cooperados para os desafios atuais e futuros, garantindo que eles entendam essas implicações em suas casas e comunidades.
  • Finanças sustentáveis: Desenvolver as finanças sustentáveis é essencial para que as cooperativas de crédito conduzam seus cooperados á práticas mais sustentáveis, promovendo a preservação ambiental e a cidadania financeira. 

 

Para conhecer mais a trajetória do Sicoob na agenda ESG, acesse: https://www.sicoob.com.br/web/sicoob/sustentabilidade

 

Fontes:

 

  1. 1.      Center for American Progress (CAP) (2023). How Regulators Can Help Credit Unions Manage Climate Risk in the Communities They Serve 
  2. Portal do Cooperativismo Financeiro (2024). Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo.

Sicoob (2023). Plano de Sustentabilidade Sicoob.

 

Carlos Eduardo Ferreira Da Costa Marques

Analista de Cidadania E Sustentabilidade do Sicoob

 

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