A construção de um Estado economicamente sustentável e financeiramente autônomo exige novos arranjos institucionais capazes de integrar eficiência econômica, justiça social e participação coletiva. Nesse contexto, o cooperativismo surge como um parceiro estratégico fundamental do Estado, não apenas como modelo econômico, mas como estrutura organizadora do desenvolvimento nacional.
Ao estabelecer uma parceria sólida com o cooperativismo, o Estado fortalece a busca por autonomia financeira e sustentabilidade econômica. As cooperativas, por sua natureza democrática e descentralizada, promovem a distribuição equilibrada do capital, reduzem assimetrias regionais e estimulam a economia real, baseada no trabalho, na produção e na colaboração entre cidadãos.
O superfederalismo apresenta-se como o eixo estruturante dessa organização nacional. Trata-se de um modelo capaz de articular o país em múltiplos níveis de governança, organizando o capital nacional de forma integrada, cooperativa e estratégica. Nesse sistema, Estados, regiões, municípios e organizações produtivas cooperam entre si, superando a fragmentação administrativa e econômica tradicional.
Complementarmente, o contifederalismo cumpre o papel de viabilizar a ação legal e institucional dessa estrutura. Ele estabelece os mecanismos jurídicos de colaboração entre todos os entes envolvidos — Estado, cooperativas, setores produtivos e sociedade civil — garantindo segurança jurídica, coordenação normativa e eficiência na implementação das políticas públicas e econômicas.
Assim, a parceria entre Estado e cooperativismo, sustentada pelo superfederalismo e operacionalizada pelo contifederalismo, não representa apenas uma alternativa ao modelo econômico vigente, mas um caminho estruturado para um desenvolvimento nacional mais equilibrado, participativo e sustentável, baseado na colaboração entre todos os atores da sociedade.