A representação é uma das mais  sofisticadas engrenagens das democracias modernas. Por isso, escolher  deputados e senadores que levantam a bandeira do cooperativismo é uma  forma de fortalecer o movimento não apenas em período eleitoral, mas ao  longo de todo o mandato.
No Brasil, 12,4% dos  parlamentares hoje no Congresso são associados a pelo menos uma  cooperativa. É uma fatia considerável e equivale a um grande partido,  mas o desafio é fazê-la crescer ainda mais.
Para ampliar a representatividade  política do movimento cooperativista em Brasília, nos estados e nos  municípios, o Sistema OCB lançou o Guia do Programa de Educação Política  para o Cooperativismo Brasileiro – Eleições 2022.
A iniciativa tem a  parceria da Frente Parlamentar do Cooperativismo Brasileiro (Frencoop), a  voz das cooperativas no Congresso Nacional e a ideia é conscientizar  cooperados, dirigentes do setor e comunidades sobre a importância da  representação política e o impacto das políticas públicas na nossa vida.
Não é preciso ter profundo conhecimento  de história para identificar no Brasil e no mundo ao longo dos tempos os  resultados práticos da representatividade política.
Setores econômicos,  entidades de classe, grupos com afinidade cultural ou religiosa,  minorias que se mobilizam e até eleitores identificados pela paixão  clubística no futebol são capazes de eleger representantes e encaminhar  temas de seu interesse. É jogar dentro das regras democráticas e é assim  que as sociedades amadurecem.
Mas, na prática, como fazer isso? O guia  para fortalecer a representação do cooperativismo aponta vários  caminhos. Como gosto de atitudes práticas, selecionei algumas ações  propostas no texto, a meu ver todas ao alcance de cada cooperativa:
- Formular e apresentar propostas para candidatos na sua região.
 
- Estimular a formação de lideranças cooperativistas, inclusive grupos de jovens e mulheres.
 
- Criar canais de comunicação para  compartilhar informações sobre eleições e candidatos (aqui acrescento um  cuidado: só compartilhar informações checadas para evitar a armadilha  das fake news que enfraquecem a democracia).
 
- Promover cursos e palestras sobre educação política e legislação eleitoral.
 
- Organizar encontros regionais com candidatos cooperativistas.
 
- Apoiar movimentos em prol do voto em candidatos cooperativistas.
 
- Estabelecer diálogo com partidos e candidatos para incluir o cooperativismo em suas plataformas.
 
- Redigir cartas de compromisso com o cooperativismo.
 
- Quem me conhece sabe que respeito todas  as visões políticas, desde que articuladas com argumentos e civilidade.  Sabe também que não tenho nenhuma inclinação para militar um dia no  front político.
 
Mas sei reconhecer e destacar as boas  iniciativas para fortalecer o cooperativismo, essa forma de organização  humana capaz de gerar soluções através do trabalho e da união. Esta é  uma delas.
Fonte: economiasc.com