Desde o seu surgimento na Inglaterra, em 1844, o cooperativismo demonstra respeito e senso de equidade em relação à mulher. Ao longo desses quase dois séculos de evolução, com ideais voltados a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, nosso movimento estimulou a participação feminina cada vez maior e mais intensa. Em Santa Catarina, este resultado é facilmente observável quando voltamos nosso olhar para a força de trabalho cooperativista, o número de mulheres atinge a proporção dos 51%.
Ultrapassamos barreiras e fizemos do cooperativismo muito mais do que um modelo justo de desenvolvimento econômico, mas um modo de vida. Reconhecemos as mulheres como líderes e influenciadoras, desde suas unidades familiares — o menor e talvez mais importante núcleo de formação social — até os grupos de trabalho e comunidades em que estão inseridas, e investimos fortemente nesta formação.
Tomamos consciência do fundamental e necessário processo de ampliação dos espaços da mulher em todos os campos da sociedade. Fomentamos a adesão ao Programa de Mulheres Cooperativistas e colhemos resultados, ultrapassando a marca de sete mil participantes no ano de 2023.
Para além da força de trabalho, o crescimento exponencial da participação feminina também é notado no associativismo. Dos 3,9 milhões de catarinenses associados às cooperativas, 1,4 milhão são mulheres, que participam em todos os níveis de trabalho e gestão das organizações cooperativas. Esta evolução segue intensa e parte também para a estruturação do modelo cooperativista.
Todos ganham com essa evolução no plano social. A mulher agrega qualidade, dinamismo e eficiência às instituições, elas estimulam e multiplicam o cooperativismo. Via de regra, são mais detalhistas, metódicas e fiéis aos princípios cooperativistas. Com o dom da vida, são mediadoras por natureza e dotadas de uma capacidade de empatia fundamental para harmonizar as diferenças, eliminar as tensões, fortalecer os pontos de convergência e realçar os interesses comuns.