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Cooperativismo como ensinamento de cidadania e empreendedorismo.

Muitas vezes olhamos o cooperativismo, sem compreender a amplitude, a sua extensão. Um dos maiores exemplos contemporâneos é a Corporação Mondragon, um grupo de empresas partidárias do cooperativismo na Espanha. É o maior grupo cooperativo do globo, e ao final de 2010 contava com quase 84.000 colaboradores. O grupo foi fundado em 1956 pelo Padre Maria Arizendiarrieta, na cidade de Arrasate/Mondragón, junto com algumas pessoas. O grupo é composto por mais de 250 entidades distribuídas nos mercados financeiro, indústria, distribuição e Educação. O faturamento do grupo em 2010 foi de aproximadamente 15 bilhões  de Euros, uma contribuição por empregado de 178.500 Euros por empregado!

Cada empregado contribuiu para a geração anual de 540.000 Reais anuais de faturamento, uma das ideias principais do grupo é produzir em locais onde as pessoas necessitam de empregos. Os bancos, financeiras, seguradoras e universidades agregaram-se em virtude das necessidades do grupo.  

Vejam só, não se trata de uma cooperativa que presta serviços, ou agrega trabalhadores autônomos, mas fundamentalmente de um grupo que produz produtos e compete nos mercados mundiais. Seus gestores recebem menos do que os gestores dos mercados nos quais participam, sendo eles avidamente procurados pelos concorrentes. Muito preferem trabalhar no sistema! O sistema recebe trabalhadores, mas eles têm que participar financeiramente do grupo, elegendo seus chefes democraticamente.  Assim eles têm um vínculo maior com a organização!

Os sistemas educativos em todos os níveis de ensino da Mondragon formam líderes e trabalhadores para a corporação e obviamente para o mercado, que os deseja avidamente.


Você mudou o modo de pensar cooperativismo? Bom que assim seja, pois precisamos criar mais cooperativas, e notadamente na esteira do exemplo da Mondragon. Antes de tudo, o cooperativismo precisa de elevada dose de cidadania!

Para funcionar, a cooperativa precisa ter objetivos que visam o bem comum.

Para funcionar, a cooperativa precisa ter gestão equânime, honesta e elevada solidariedade.

Para funcionar, a cooperativa precisa do firme engajamento dos cooperados.

Como vimos, no exemplo da Mondragon, a criatividade é fundamental para  o desenvolvimento de novas cooperativas.

Como vimos, uma cooperativa pode e deve ser competitiva no mercado, produzindo produtos e serviços demandados pela sociedade.

O funcionamento da cooperativa cria outras necessidades associadas ao seu funcionamento.

Dr. Andreas Roberto Hoffmann

Professor e Consultor Empresarial

 

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