Olá, como vai?
Nestes tempos de elevado desemprego, o cooperativismo se destaca ainda mais como poderosa ferramenta para geração de emprego e renda em todos os setores. E uma das categorias que pode ser beneficiada é a dos corretores. Eles formam, no Brasil, um exército de cerca de 500 mil pessoas. Com emprego fixo ou operando como autônomo, sabemos o quanto o corretor luta para vencer em um mercado altamente competitivo, onde poucos conseguem grandes ganhos, onde a maioria luta para sobreviver e sustentar sua família. Chamo a atenção para este informe, para a possibilidade de se unirem em uma cooperativa, atuar em grupo, compartilhar conhecimento, conquistando assim mais clientes e mais renda.
Dados do Sistema Cofeci-Creci, de agosto de 2019, revelam que atuam no país cerca de 400 mil corretores de imóveis. E dados da Fenacor (Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros) apontam a existência de outros 100 mil profissionais operando nesse setor.
Nesse exército não lutam apenas profissionais especializados, que estão nesse mercado por opção. Há muitos milhares que estão no setor por falta de opções, que perderam seus empregos. Há entre eles até profissionais graduados, como advogados, jornalistas, engenheiros etc. Em sua maioria operam sozinhos, sem apoio e com falta de especialização para a nova função. As vendas passaram a ser uma opção em suas vidas, pois não requerem os investimentos necessários para se montar um negócio. Basta dedicação, relacionamento e tino comercial.
E dessa forma muitos viraram corretores de imóveis, que trabalham em imobiliárias ou lançamento de imóveis, corretores de seguros de casas, carros ou empresas, ou corretores de planos de saúde que vendem planos ou seguro saúde. São profissionais autônomos. Ganham pelo que vendem. Fazem seu horário e sua rotina de trabalho. Fazem sua carteira de clientes. Corretores de saúde, por exemplo, podem entregar sua venda para qualquer corretora ou plano de saúde em que tenham se cadastrado.
A luta do dia a dia não é fácil. Trabalhando sozinha, a pessoa se desmotiva, não busca atualização, não troca experiências, não tem benefícios, não tem convívio profissional. É justamente diante dessa realidade que o cooperativismo se mostra uma grande alternativa para corretores de todos os tipos. Ao se unirem em cooperativas, podem se utilizar delas e da coletividade para trocar experiências, buscar benefícios, compartilhar dificuldades, ter orientação jurídica e contábil etc. O corretor pode usar a cooperativa para emissão de nota fiscal e não precisará ter gastos sozinho como Pessoa Jurídica.
A cooperativa pode lançar um site para buscar clientes no mercado. E ainda pode oferecer cursos de capacitação em vendas, gestão financeira, apresentação pessoal. E o profissional, fazendo parte de um coletivo, se sente inserido nesse mercado e mais estimulado. Mesmo porque há muitas pessoas que também são corretores nas horas vagas. Possuem seu trabalho, mas percebem nas vendas uma forma de esticar sua renda. E sabem que um corretor que vive somente de vendas consegue sustentar sua família. Obviamente, nada é fácil, pois tem que haver resiliência e ser comedido nos gastos.
O cooperativismo também pode impulsionar a carreira dos corretores que nasceram para essa vida, que se profissionalizam, amam o que fazem e se dedicam exclusivamente a esse mercado. O cooperativismo na vida dos corretores pode potencializar o que eles têm de melhor. Não é um pó mágico, claro. Requer dedicação, união e perseverança. Mas tem tudo para ajudar as pessoas a impulsionar suas carreiras.
Milito há muitos anos com cooperativas e, a partir da observação dos desafios enfrentados pelos corretores, percebo que o cooperativismo é uma ferramenta preciosa de sucesso para eles.
Sucesso a todos!
Beijos
Sandra Campos Editora da Revista EasyCoop www.easycoop.com.br Celular 11-948-137-799
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