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Cooperativas participam da 60 ª sessão da Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social

17/02/2022

O cooperativismo participou da 60ª sessão da Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social. O representante da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) foi o presidente Ariel Guarco que apresentou uma declaração destacando o papel das cooperativas na condução de uma recuperação inclusiva e resiliente do covid-19.

Na reunião, o presidente da ACI, Ariel Guarco, disse que as cooperativas formam a maior rede mundial de empresas com uma identidade comum baseada em valores e princípios conjuntos. Ele acrescentou que a pobreza extrema e a fome só foram exacerbadas pela plataforma.

Segundo dados da ONU, a pobreza extrema afetará mais de 64 milhões de pessoas nos próximos meses do que em 2019. Enquanto isso, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que mais de 130 milhões de empregos foram perdidos desde 2019.

Ao longo da pandemia, as cooperativas continuaram a servir suas comunidades, disse Guarco, e devem ser promovidas para impulsionar a inclusão e a resiliência.

“As cooperativas têm feito um grande esforço nestes meses para sustentar a oferta de serviços e bens básicos para a vida das empresas, residências e comunidades em geral”, disse Guarco.

Guarco ainda disse: “Começando pelas cooperativas de saúde, que estão na linha de frente do combate ao covid, e continuando com todas aquelas dedicadas à produção agroindustrial, serviços públicos, telecomunicações, consumidores, trabalho associado, habitação e muitas outras que mostraram, mais uma vez, a resiliência desse modelo de organização econômica e social em tempos de crise”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, reconheceu a importância das cooperativas como principais atores econômicos e sociais na estratégia de recuperação global em seu Relatório de 2021 sobre Cooperativas e Desenvolvimento Social. A recomendação 193 da OIT sobre a Promoção de Cooperativas também incentiva os governos a promover o potencial das cooperativas em todos os países, independentemente de seu nível de desenvolvimento.

Guarco observou que, apesar de suas contribuições positivas, as cooperativas continuam a enfrentar certas barreiras, como a falta de estruturas legais e regulatórias adequadas em alguns países.

“Estamos convencidos de que não conseguiremos reverter a pobreza e a fome se não adotarmos um paradigma cooperativo que garanta o crescimento econômico com trabalho decente, igualdade de gênero e cuidado com os ecossistemas, entre outras condições”, acrescentou.

“Convidamos todos os atores que fazem parte dessas conferências, organizações da sociedade civil, acadêmicos, governos e a Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social, a continuar trabalhando juntos para sair desta crise melhor do que entramos e reconstruir este mundo juntos e fazer deste mundo um lugar onde todos possamos viver com dignidade.”

Declaração da ACI

Nesta ocasião, a ACI também apresentou uma declaração à décima sexta sessão da Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social, na qual destacou o potencial das cooperativas para facilitar uma transição justa e justa e superar a crise do covid-19.

A ACI pede aos governos que implementem as recomendações do Relatório de 2021 do Secretário-Geral da ONU sobre as Cooperativas de Desenvolvimento Social e tomem medidas adicionais para acelerar seu compromisso na realização da Agenda 2030 e de um novo contrato social. O documento foi elaborado graças às contribuições de organizações regionais e setoriais da ACI.

O comunicado completo está disponível aqui.

ACI

 

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