Newsletter
Notícias

Sistema OCB/PA e Embrapa firmam parceria para implantação de vitrine tecnológica da mandioca na COAFRA

17/06/2025

Com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva da mandioca no estado do Pará e impulsionar a inovação e competitividade na agricultura familiar, o Sistema OCB/PA e a Embrapa Amazônia Oriental iniciaram, na última semana, a parceria de implantação da vitrine tecnológica da mandioca na sede da cooperativa COAFRA, como parte das ações do Programa BIOCOOP. A iniciativa visa promover o uso de tecnologias inovadoras para o aumento da produtividade, qualidade e competitividade da cultura da mandioca na rede do nordeste paraense. A ação contempla o preparo da área e o plantio de ramas-sementes (manivas) geneticamente melhoradas, desenvolvidas pela Embrapa.

A vitrine tecnológica da mandioca funcionará como um espaço de demonstração prática de tecnologias desenvolvidas pela Embrapa, que envolvem desde o preparo do solo, seleção de cultivares mais produtivas e resistentes, até técnicas de manejo e boas práticas agrícolas. O objetivo é capacitar os cooperados e produtores locais com base em ciência, inovação e sustentabilidade, promovendo o aumento da produtividade e da qualidade do produto.

Para o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, a parceria reforça o papel do cooperativismo com o desenvolvimento regional. “A mandioca é uma cultura essencial para a segurança alimentar e geração de renda em várias regiões do estado. Ao trazer tecnologia e conhecimento diretamente ao produtor, por meio de suas cooperativas, damos um salto na qualidade da produção e no fortalecimento da agricultura familiar”, destacou o presidente.

Ao todo, foram implantadas 15 cultivares melhoradas com alto potencial produtivo e adaptadas às condições da região. O experimento conta com 45 repetições distribuídas em 8 leiras amostrais, permitindo uma análise robusta dos resultados. As ramas-sementes passaram por um criterioso processo de seleção, classificação e corte, sendo plantadas em espaçamento de 0,70 x 0,90 metros, conforme recomendação técnico-científica da pesquisadora da Embrapa, Elisa Moura.

Para Joel Linhares, presidente da COAFRA, sediar esse projeto é motivo de orgulho e sinal de confiança na atuação da cooperativa, que reúne produtores familiares comprometidos com o desenvolvimento da agricultura sustentável. “Esse é um projeto muito importante para nós porque enfrentamos problemas sérios na cadeia produtiva da mandioca aqui na região. Hoje ao iniciarmos esse projeto que vai multiplicar essas variedades que serão testadas aqui para saber quais irão se adaptar, a gente acolhe com muita boa vontade essa parceria da Embrapa com o Sistema OCB/PA e certamente este é um pontapé inicial de um grande projeto de melhoria e inovação da cadeia produtiva da mandioca”, afirmou o presidente.

A equipe técnica de melhoramento genético da EMBRAPA acompanhará de perto todas as etapas do experimento, desde o plantio até a colheita, visando avaliar o desempenho agronômico das cultivares e identificar aquelas com maior potencial para difusão entre os agricultores da região. A vitrine tecnológica representa um importante passo para o fortalecimento da cadeia da mandioca, contribuindo para o desenvolvimento sustentável, a geração de renda e a valorização da agricultura familiar no nordeste paraense. A iniciativa faz parte das ações estratégicas do Sistema OCB/PA em prol da inovação no cooperativismo paraense, alinhada aos eixos de assistência técnica, sustentabilidade e inclusão produtiva.

A pesquisadora da Embrapa, Elisa Moura, explicou o trabalho realizado no dia de campo. “Estamos aqui para iniciar um trabalho de seleção de variedade de genótipo de mandioca que seja mais adaptado a região e mais produtivo”, declarou a pesquisadora.

Ela enfatizou ainda, que será um trabalho de três anos na cooperativa para verificar a estabilidade da planta, avaliar a produção e verificar quais espécies são mais adaptadas para a região para que os produtores tenham um material produtivo, mas também que seja bom para comercialização. “A primeira colheita será feita com 11 meses para avaliar a produção de rama, raiz, incidência de doença. Além das características qualitativas como cozimento, sabor, descascamento fácil, entre outros. Durante o manejo será observado ainda a facilidade para a incidência de praga e o desenvolvimento da planta, acrescentou Elisa.

A parceria surgiu a partir de uma provocação do Sistema OCB/PA para atender as cooperativas do Pará junto a Embrapa que já possui um trabalho de pesquisa e tecnologias que podem ser transferidas para os produtores de mandioca do estado.

Sistema OCB/PA

 

O EasyCOOP e os cookies: nós usamos os cookies para guardar estatísticas de visitas, melhorando sua experiência de navegação.
Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.