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Artigo: Na intercooperação, mais poder e ganhos

13/05/2021

Antes da pandemia pela Covid-19, já vivíamos um processo de grandes mudanças em âmbito mundial, em praticamente todas as áreas da atividade humana. Os impactos da crise atual aceleraram e consolidaram muitas das mudanças e transformações que estavam em curso.

Já sentimos os efeitos da crise provocada pela pandemia, em todas as áreas e ramos de negócios, inclusive para o cooperativismo como um todo.

Momentos de crise proporcionam também grandes oportunidades de aprendizado e de crescimento, especialmente para quem possui resiliência, que é a capacidade de se reinventar, aprender, crescer e melhorar diante das adversidades.

Modelo cooperativo nasce em meio à crise econômica e social

É importante destacar que o modelo de negócios cooperativo foi constituído em meio a uma grave crise econômica e social, no auge da revolução industrial, em Rochdale, Inglaterra, em 1844. Dentro de um cenário extremamente desolador é que 28 tecelões – 27 homens e uma mulher – fundaram a primeira organização cooperativa dos tempos modernos.

Portanto, está no DNA do cooperativismo a resiliência e a capacidade de superar crises e turbulências, através da união das pessoas, da sinergia promovida pela cooperação. Assim, mesmo em tempos de crise, o cooperativismo continua crescendo, justamente por possuir essa capacidade de unir pessoas em torno de objetivos comuns, para superar as adversidades e promover o desenvolvimento econômico, social das pessoas e das comunidades onde as cooperativas estão inseridas.

Em qualquer cenário, mas especialmente em tempos de grandes desafios econômicos e sociais, é que as cooperativas se tornam ainda mais imprescindíveis para o desenvolvimento sustentável e colaborativo de um país. O cooperativismo possui um papel fundamental na inclusão das pessoas, dos seus associados, dentro desses novos cenários.

Mais do que nunca, é tempo de cooperação entre as cooperativas

O sexto princípio cooperativista prevê a “Intercooperação”, ou seja, a cooperação entre as cooperativas. Para que as cooperativas de um modo geral possam se manter e crescer nesses novos cenários, é necessário mais do que nunca fortalecer e praticar a intercooperação. Somente unidas, as cooperativas poderão assegurar a sua continuidade e sucesso no mercado. A união de forças, de pessoas, de capital, de estruturas cooperativas, torna essas instituições muito mais fortes.

Cooperativas unidas possuem muito mais poder de mercado, mais recursos, mais capital, mais ganhos em volume e em escala, e quem sai ganhando são os associados dos empreendimentos cooperativos, quem ganha é a sociedade, as pessoas.

Por meio da intercooperação, vamos juntos superar a crise atual. Vamos continuar gerando desenvolvimento econômico, social e ambiental para as comunidades onde as cooperativas estão inseridas, e assim também seguir contribuindo na construção de um mundo melhor para todos.


Por Marcelo Correa Medeiros

mestre em Direção Estratégica, possui MBA em Gestão Empresarial, graduado em Administração de Empresas, Gestão de Cooperativas e Ciências Contábeis. Possui formação Professional and Self Coaching – PSC/IBC. É embaixador da paz pela UPF - Universal Peace Federation (Federação para a Paz Universal), órgão internacional ligado à ONU. Atua há mais de 26 anos no Associativismo e no Cooperativismo Financeiro, onde já exerceu as funções de sócio fundador, presidente, gerente geral, contador, inspetor, com atuação também na área de educação corporativa.

 

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