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Digital e presencial devem conviver no cooperativismo de crédito, defende OCB

23/11/2023

Oferecer serviços digitais sem perder a essência do cooperativismo, que é pautada no relacionamento e no atendimento às necessidades dos cooperados. Esse é o grande desafio das cooperativas de crédito do Brasil nesse processo de transformação digital pelo qual passa o Sistema Financeiro Nacional. A opinião é do coordenador do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Thiago Borba Abrantes.

Abrantes participou, nessa quarta-feira (22/11), do painel Transformação Digital e Cooperativas de Crédito, no Fórum de Mercado, realizado pelo Sistema Ocepar, em Curitiba. “O grande desafio das cooperativas de crédito nesse processo de transformação digital é se adaptar e entregar a possibilidade interação de forma virtual, mas mantendo os diferenciais cooperativos, que são os princípios, os valores e o atendimento respeitando as particularidades do nosso cooperado”, declarou Abrantes.

O representante da OCB falou sobre as mudanças no cooperativismo de crédito com a lei complementar 196/22. “A lei trouxe paridade para as cooperativas e crédito em relação às demais instituições do sistema financeiro. O principal avanço foi trazer as cooperativas de crédito para ambientes mais modernos, como o digital”, destacou. Uma das grandes mudanças foi a possibilidade de realização de assembleias à distância, de forma virtual. “Isso trouxe conforto jurídico e autorização legal para que as cooperativas pudessem passar a ter essa interação pelo meio virtual com seu cooperado. Além de facilitar, evitando que o cooperado tenha que se deslocar até a sede da cooperativa, viabiliza a interação e traz maior senso de pertencimento”, opinou.

Para Abrantes, o cooperado vê a diferença da relação dele com a cooperativa em relação à instituição financeira tradicional no atendimento personalizado, quando a cooperativa atende a necessidade do cooperado. “É lógico que o atendimento presencial, olho no olho, faz uma diferença. Mas o atendimento personalizado não é inviabilizado pelo atendimento virtual e as cooperativas estão fazendo isso, estão implementando isso. Eventualmente, a necessidade de uma conversa pessoal, presencial, que é um dos traços de grande parte dos nossos cooperados, continuam mantidas, com os postos de atendimentos e com os  times de campo para atender, na sua base, até a propriedade rural, no caso do ramo agro”, enfatizou.

O painel Transformação Digital teve a participação também de Thomaz Cortes, sócio da McKinsey Brasil, empresa que atua na área organizacional e operacional assessorando as empresas em sistematização e inteligência de negócio.  Cortes citou dados de uma pesquisa realizada pela próprio Mckinsey junto a seu público-alvo que envolveu 1800 participantes. O resultado mostrou que 90% das empresas ouvidas tem processo de transformação digital em andamento. A mesma pesquisa mostrou que apenas 30% das empresas estão conseguindo capturar o que projetou em aumento de renda e 25% em redução de custo.

O sócio da McKinsey explicou que a jornada de transformação digital nas empresas começa normalmente com tecnologia. “As empresas adotam a tecnologia sem muita noção de onde quer chegar, sem avaliar como isso vai impactar o lucro, qual será o retorno financeiro do investimento. Como se mede o valor capturado com a transformação digital nas empresas normalmente é algo nebuloso”, avalia. 

Cortes destacou que “a receita de sucesso não é migrar tudo para o digital, mas manter um mix de canais e deixar o cliente fazer a escolha”. Ele explica que “no caso do varejo agrícola, por exemplo, ter um representante indo até a fazenda vender insumo é muito importante. Mas ter um canal do whatsapp também é muito útil”.

Sistema Ocepar

 

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