Festival Brasil Nordeste celebra e fortalece a economia solidária na região
14/05/2025
A primeira edição do Brasil Nordeste – Festival de Economia Popular e Solidária foi realizado de 7 a 11 de maio, no Centro de Convenções Salvador, na capital baiana. Com entrada gratuita, o evento contou com feira de produtos da Economia Solidária, painéis, oficinas e apresentações culturais com artistas do território nordestino.
Durante os cinco dias, o público pode visitar a feira com produtos da agricultura familiar, artesanato e gastronomia regional, expressão concreta do trabalho coletivo e da geração de renda local. Ao todo, 500 expositores de todos os estados nordestinos participaram do evento, sendo 250 empreendimentos solidários.
“Este festival é um marco para a movimentação econômica do nosso estado, pois fortalece a economia local ao gerar oportunidades reais de trabalho e renda. Ao reunir empreendedores, cooperativas e gestores, o evento estimula o consumo consciente, valoriza a produção local e promove a circulação de recursos nas comunidades. A Economia Popular e Solidária, protagonista deste encontro, tem papel central na inclusão produtiva, oferecendo alternativas sustentáveis para quem está fora do mercado tradicional. Mais do que uma celebração cultural, o festival contribui para um modelo de desenvolvimento mais justo, humano e duradouro. Com o apoio do governo e da sociedade, reafirmamos nosso compromisso em ampliar e fortalecer essas iniciativas em todo o estado”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Angelo Almeida.
A Unicopas e suas centrais participaram ativamente do evento. As oficinas e painéis contaram com a presença da presidenta da Unicopas, Claudete Costa, que participou do Painel Inclusão e Geração de Renda nos Festejos e Eventos Populares. A Unicafes compôs o Painel Economia Solidária e Agricultura Familiar: Arranjos e Cadeias Produtivas na Cidade e no Campo, com participação de Wilson Dias e Fátima Torres. A Unisol contibuiu com o Painel Tecnologia, Desenvolvimento Social e Economia Solidária, com participação de Anne Senna e também conduziu a Oficina Conexões que Transformam: Redes de Economia Popular e Solidária, com participação de Anne Sena e Arildo Motta.
O crescimento da economia solidária no Brasil chama atenção: segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, cerca de 23 milhões de pessoas estão inseridas no setor — quase um quarto da força de trabalho nacional. A região Nordeste concentra mais de 40% dos empreendimentos cadastrados no CADSOL (Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários), consolidando-se como protagonista nessa transformação.
Mais do que números, trata-se de uma lógica de produção e trabalho baseada em cooperação, inclusão e valorização da cultura local. A economia solidária resgata a identidade comunitária e os saberes populares, conectando tradição e inovação em setores como agricultura familiar, turismo sustentável, gastronomia e artesanato — uma verdadeira aposta na força coletiva como instrumento de combate às desigualdades.
O fortalecimento dessa agenda ganhou novo fôlego com a sanção da Lei 15.068/2024, em dezembro passado, que instituiu a Política Nacional de Economia Solidária. A legislação homenageia Paul Singer, economista e ativista histórico da área, e consolida os princípios que orientam políticas públicas voltadas à promoção de um modelo econômico mais justo, colaborativo e inclusivo.
Unicopas com informações da ASCOM/SDE