Fotos da votação no plenário Franco Montoro
Olá, como vai?!
Quero compartilhar contigo mais um passo que o cooperativismo avançou na luta pelo fim da REPRESENTAÇÃO DE CABRESTO, exercido há mais de 45 anos por uma ONG sobre as cooperativas no estado de São Paulo.
O PL 1271 e 1277/2014, que tramitam na ALESP (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), foi aprovado em mais uma comissão de mérito pelos Deputados Estaduais presentes. O nosso PL também já foi aprovado na comissão mais importante da casa, que é a Comissão de Constituição e Justiça. Ou seja, o pleito das cooperativas pelo fim da representação de cabresto é LEGAL!
A votação foi maravilhosa, pois voto a voto conquistamos o SIM dos Deputados Marcos Zerbini (PSDB), Deputada Ana do Carmo (PT), Deputado Gilmaci Santos (PRB) e o Deputado Barba (PT). A emoção e felicidade era geral. Os deputados comemoraram conosco essa vitória com muito amor e alegria. O debate foi tão intenso entre os deputados que eles vibravam e os cooperativistas presentes se sentiam representados e assim vimos mais um capítulo da democracia ser construído no cooperativismo.
Bom, o Deputado que está defendo a ONG com unhas e dentes, não merece ter seu nome citado aqui.
O Plenário, que comporta 260 pessoas, ficou pequeno para o GRITO DE LIBERDADE que ecoava pelos corredores da ALESP. Desta vez, tivemos o apoio de cooperativas de trabalhadores em eventos, dos catadores, das cooperativas de crédito, da agricultura familiar, de sindicalistas que se engajaram na nossa causa, dentre outros não menos importantes. O plenário Franco Montoro foi tomado por cooperativistas que lutam pelo fim da balburdia exercida por essa entidade de direito privado que achaca as cooperativas há muitos anos e torra o dinheiro do SISTEMA S como bem entendem, com festas de arromba e muitas viagens para o exterior. E com certeza debaixo daquele tapete ainda deve ter muita sujeira que não temos acesso.
Foi constrangedor ver os três Superintendentes, que custam oficialmente aos cofres cooperativistas o valor anual de R$ 1.236.970,79, fazerem lobby desesperadamente para que os deputados votassem contra as cooperativas e a favor deles. Eles defendiam com a continuidade da FARRA DO BOI com tanta determinação e veemência que só quem viu pode descrever a cena. Afinal de contas, uma teta dessas não aparece todos os dias! Esse valor dos três super-homens equivale à retirada anual de 147 catadores ou 35.000 mil cestas básicas!!!
Todos os cooperativistas presentes se perguntaram a mesma coisa “cadê o presidente de 50 milhões de reais????” (esse é o valor da chave que ele tem em mãos, somando as duas entidades a ONG e o SESCOOP). Ele não apareceu, mas mandou todos os seus gerentes, superintendentes e coordenadores e seus mais de 180 funcionários das duas entidades para gritarem “eles são maravilhosos e como o trabalho deles é ótimo”. Os cooperativistas não são bobos, é obvio que esses funcionários vão lutar desesperadamente para manter seu emprego. Chega a ser vexatório ver estes superintendes nos gabinetes agora usando a “SANDALINHA DA HUMILDADE”, deixando seu terninho Armani guardado em casa para usar calça jeans de grife, fantasiado de pessoa humilde. E o pior é que eu ainda topo com eles pelo corredores da ALESP e fico me perguntando onde está toda aquela soberba outrora, quando tão arrogantemente se isolavam num pedestal, sentindo-se deuses inatingíveis.
As poucas cooperativas realmente presentes com eles, foram muitas das que eu já vi passeando no exterior com eles naqueles carros iguais aos dos filmes americanos, onde aparecem o presidente dos Estados Unidos e seus seguranças.
Para se ter uma noção de valores, a arrecadação média total de um município com 30mil habitantes é de 50 milhões por ano, e com esse valor a prefeitura tem que pagar todos os funcionários, manter a saúde pública, escolas, creches, guarda metropolitana, custear as despesas com iluminação da cidade, saneamento básico, enfim, são tantas as contas que eu sequer consigo descrever todas elas. Porém, eles arrecadam o mesmo valor e torram como bem entendem e acham que não temos o direito de reclamar. E depois ainda vêm dizer que a briga deles não é por dinheiro e sim por ideais.
Eles agora querem fazer acreditar que o valor cobrado por eles é de apenas R$ 92,00, mas não contam o que vem depois disso, que isso é apenas a taxa inicial, a pontinha do iceberg, “o preguinho do diabo”.
Para você ter uma ideia do contraste, enquanto eles mandaram fazer centenas roupas verdinhas para os funcionários e contratados presentes nesse dia, além faixas com dizeres bolados pelos marqueteiros bem pagos, como da última vez, eles chegaram com os coadjuvantes todos uniformizados, dessa vez nós sentimos a necessidade de identificar também o nosso pessoal, e conseguimos com uma das entidades coligadas alguns coletes do primeiro de maio da CUT, para identificar o nosso pessoal. E assim funciona a luta pelo fim desta aberração que é a herança maldita da ditadura militar, a representação de cabresto.
Ainda temos uma grande luta pela frente, e esperamos que você possa estar conosco!!!
Vem pra ALESP você também! #VemPraAlesp
Beijos,
Sandra Campos
Presidente
FETRABRAS – Federação Nacional dos Trabalhadores Cooperados
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