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Mulheres aprendem a cultivar flores no sertão nordestino
05/01/2006
Brasília - Na Paraíba, o sucesso de mulheres empreendedoras faz parte da história da produção de flores no estado. A experiência de sucesso é a Cooperativa de Floricultores do Estado da Paraíba (Cofep), que funciona desde o ano 2000, em Pilões, no sertão paraibano, a 130 km de João Pessoa. A Cofep tem 21 mulheres associadas, sendo que 11 delas trabalham diariamente no cultivo de flores como a calábria, margarida e alamide. Cada produtora recebe em média de um a dois salários mínimos por mês. A outra parte do lucro é destinada ao pagamento das despesas e à manutenção da cooperativa.
Mulheres pobres do interior da Paraíba, a vida delas começou a ser transformada há seis anos. Inconformadas com a miséria e a fome que castigavam suas famílias, descobriram uma arma poderosa para vencer a falta de oportunidades: plantar flores. De acordo com a presidente da Cofep, Maria Helena Lourenço dos Santos, foram três anos para conquistar o tão sonhado empréstimo que permitiu montar as estufas para o plantio de crisântemos. "Levamos nosso projeto para vários bancos. Mas como não tínhamos nada para apresentar como garantia, ninguém nos dava crédito".
A cooperativa é atendida por um projeto de apoio à floricultura pelo Sebrae e parceiros - Prefeitura de Pilões, Cooperar, Banco do Brasil, Universidade Federal da Paraíba e Empresa de Assistência e Extensão Rural (Emater).O objetivo é diversificar a produção de flores, em até três anos. Ao todo são produzidos cerca de 500 pacotes de flores por semana, o que representa 12,5 mil hastes de flores, como o crisântemo, por exemplo.
O resultado do trabalho desenvolvido pela Cofep foi reconhecido nacionalmente em março do ano passado, quando o Sebrae ofereceu à paraibana Karla Cristina Paiva Rocha, tesoureira da Cofep, o Prêmio Sebrae Mulher Empreendedora da Região Nordeste. O prêmio foi criado para estimular e dar visibilidade às mulheres que se engajam em atividades produtivas para assegurar a geração de renda e emprego de diversas comunidades.
Karla e as outras associadas vêm desde o início da cooperativa participando de cursos e treinamentos oferecidos pelo Sebrae como cooperativismo, floricultura e técnicas de vendas.
Revista Sebrae Agronegócios